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Elas são o resultado do encadeamento dos muitos pensamentos que vamos tendo diariamente baseados nas crenças que nos acompanham, nos filtros que nos fazem olhar para a nossa realidade de uma determinada perspetiva.
As histórias podem ser alegres, tristes, emocionantes, duras, estranhas, corajosas, inspiradoras… Todas são viáveis e todas são bem-vindas pois cada uma transmite-nos algo.
Ter medo ou fugir das nossas histórias leva-nos a ter medo e a fugir de nós mesmos. Quão bom é aceitar o convite para olharmos mais atentamente para elas e percebermos de onde elas vêm, o que está na sua origem, que necessidades elas escondem. Quando o fazemos, permitimo-nos abraçar a nossa autenticidade, a nossa vulnerabilidade e abrimos as portas para nos conhecermos melhor.
Ontem numa partilha minha, relembrei as histórias que eu me contava após ter sido mãe pela primeira vez e após ter sido diagnosticada com artrite reumatóide. A dança faz parte do meu percurso de vida desde os meus 5/6 anos. No entanto, nessa fase da minha vida, a minha ligação com ela deteriorou-se. Ser mãe tinha-me dado uma grande bênção e um amor inigualável mas tinha-me tirado “o meu corpo” e os meus treinos de dança. A artrite reumatóide piorou a situação… Eu já não era tão flexível, tão elegante, tão ágil, tão forte e eu nunca mais seria a dançarina que eu tinha imaginado um dia ser… Tinha dores, não tinha tempo, andava cansada, não acreditava que era capaz… E isso esteve na origem das muitas histórias que eu me contei diariamente nessa altura, pensamentos e mais pensamentos que condicionaram as minhas escolhas… eu queria me sentir viva por dentro, por mim e não sabia como… ainda não estava pronta para voltar a dançar.
Eu tinha realmente dores, o meu tempo parecia voar e girar apenas à volta do meu trabalho, do meu papel enquanto mãe e dona de casa, eu sentia-me realmente cansada e emocionalmente desgastada… no entanto, o meu caminho pelo mundo do desenvolvimento pessoal tinha começado…
No que toca à dança, hoje sei que era principalmente o medo de falhar, de me dizerem que eu não era boa o suficiente, de encarar o meu “novo corpo”, de encarar o facto de eu já não ser capaz de fazer o que fazia que me limitava e me condicionou durante tanto tempo a eu voltar a dançar para mim… As histórias que eu me contava sobre perfeição, sobre medos, sobre falhanço, sobre a opinião dos outros impediram-me de eu ser plenamente feliz.
Hoje danço sem julgamentos, sem querer ser perfeita, sem expetativas… Danço porque me faz feliz e faz despertar em mim a magia da vida!
São essas histórias que nos limitam que precisamos de abraçar com compaixão e sem julgamentos pois ela ensinam-nos algo sobre nós, sobre as crenças que nos limitam, sobre as nossas necessidades, sobre os nossos sonhos, sobre os nossos medos.
Temos em nós o poder de dar um significado diferente às nossas histórias, um significado que nos sirva melhor a nós e aos que nos rodeiam. Nada é permanente na vida, o que a torna tão poderosa. Nada do que foi ontem tem de ser hoje, nada do que é hoje, tem de ser amanhã… Ao estarmos atentos a nós, estamos atentos à forma como nos relacionamos connosco e com o mundo, estamos atentos às crenças que nos bloqueiam, aos medos que nos travam, podendo assim entendê-los e dar-lhes um significado que nos faça avançar para onde nós queremos realmente ir. E o melhor de tudo é que estamos sempre a tempo de o fazer, cada dia é uma nova oportunidade…
Se sentes que as histórias que te tens contado a ti próprio estão a impedir-te de te sentires plenamente feliz, eis o TEU ponto de partida!
Abraça cada uma dessas tuas histórias e começa a questioná-las e a entendê-las verdadeiramente. Inicia esse teu novo caminho e escreve as tuas novas histórias, aquelas que tu queres e mereces realmente viver.
Um abraço de coração,
Elisabete Dias