
Categories
- Desenvolvimento Humano (20)
- Entrevistas (1)
- Espiritualidade (1)
- Medicina Energética (3)
- Mentalidade (1)
- Nutrição (10)
- Receitas (36)
- Saúde (34)
Neste artigo serão abordados alguns problemas, identificados por profissionais ligados à naturopatia e à nutrição funcional, da dieta recomendada atualmente e serão desvendados os princípios de uma alimentação anti-inflamatória e nutritiva, o tipo de alimentação que eu sigo e que me permite ser mais saudável.
No meio de tanta informação, fica difícil percebermos o que comer e o que evitar. E será que existe a dieta perfeita? Acreditamo que cada pessoa tem características individuais e que um alimento que pode ser saudável para essa pessoa, também pode ser “veneno” para outra. Ainda assim, em termos de grupos alimentares e proporção dos mesmos, há quem diga que é possível desenhar uma dieta transversal ao ser humano.
Segundo o Prof. António Marcos, o presidente do Instituto de Naturopatia de Portugal, a dieta ideal é na realidade a dieta que está nos nossos genes, aquela que os nossos antepassados foram consumindo ao longo de milhares de anos. Infelizmente, a era industrializada trouxe profundas alterações nos alimentos que consumimos e na forma como os cozinhamos, conduzindo assim à obesidade, doenças degenerativas, depressões, etc. O ponto de partida para uma alimentação saudável é, por isso, imitar tanto quanto possível os tempos ancestrais e trazer para o nosso dia-a-dia essas virtudes alimentares adaptando-as à nossa realidade envolvente e individual.
Mas infelizmente este tema não serve os interesses da indústria alimentar e farmacêutica.
A nova roda dos alimentos, renovada em 2003, é composta por 7 grupos de alimentos de diferentes dimensões e indicam o consumo diário na seguinte proporção:
Cereais e derivados, tubérculos | 4 a 11 porções | 28% |
Hortícolas | 3 a 5 porções | 23% |
Fruta | 3 a 5 porções | 20% |
Laticínios | 2 a 3 porções | 18% |
Carnes, pescado e ovos | 1,5 a 4,5 porções | 5% |
Leguminosas | 1 a 2 porções | 2% |
Gorduras e óleos | 1 a 3 porções | 3% |
Isto significa que a população é orientada a consumir diariamente cerca de 65% de hidratos de carbono, 25% de proteínas e 10% de gorduras.
Alguns investigadores defendem que o nosso organismo ainda não está geneticamente preparado para este tipo de dieta, principalmente devido ao peso dos hidratos de carbono pois estes levam o organismo a libertar insulina constantemente, causando um aumento gradual da resistência à mesma e podendo causar assim a síndrome metabólica que está associada a:
Os mesmos especialistas dizem ainda que do ponto de vista do tempo biológico, o ser humano começou a consumir cereais muito recentemente e que os nossos genes ainda não tiveram tempo de se adaptarem, principalmente à quantidade que ingerimos.
Há quem defenda o consumo de laticínios no estado cru, ou seja, sem terem sido submetidos à pasteurização. Mas este é um tema que ainda gera alguma discórdia pois normalmente são alimentos que causam problemas a pessoas com doenças degenerativas como as doenças auto-imunes.
De forma resumida, a melhor dieta para promover a saúde e co-ajudar no tratamento das doenças, é aquela para a qual estamos geneticamente adaptados. No caso dos portugueses, a dieta que foi consumida pelos nossos antepassados e a qual apresenta mais estudos associados à longevidade, é na realidade a dieta mediterrânea.
Do ponto de vista alimentar, esta dieta caracteriza-se pelo consumo de produtos frescos, produzidos localmente, de acordo com as estações do ano. Os macronutrientes e as suas fontes vão variando consoante a localização, mas há um fator comum. Nesta dieta, o consumo de hidratos de carbono refinados é muito baixo o que, comparado com o cenário da alimentação atual, é muito diferente.
A origem dos alimentos é algo muito importante quando se fala em manter ou promover a saúde. Estas são as fontes consideradas ideais:
Estes alimentos devem ser consumidos no estado mais natural e fresco possível. Evitar também a exposição excessiva dos alimentos ao calor, de forma a manter a maioria dos nutrientes e evitar a transformação dos alimentos em substâncias prejudiciais à saúde. No caso dos vegetais, por exemplo, a forma mais saudável de cozinhar é a vapor pois é a que mantém o maior número de nutrientes.
As gorduras exigem um especial cuidado pois oxidam facilmente, e as que são mais aconselhadas são o azeite, a manteiga, o óleo de coco e a gordura da carne como a banha e o sebo.
Alguns nem se podem chamar de alimentos, são produtos alimentares altamente processados com calorias vazias que além de não nutrirem o corpo, podem ainda impedir o organismo de absorver os nutrientes.
Assim, devemos evitar ao máximo os alimentos industrializados e processados:
Aconselho a assistires ao documentário “The Perfect Human Diet” lançado em 2013, que sustenta alguns dos conselhos que foram dados aqui. Podes assistir na íntegra no YouTube. Entretanto, fica aqui o trailer:
Autora:
Marta
Fontes:
1. Prof. Dr. António Marcos
2. https://thepaleodiet.com/designed-by-nature-built-by-science/
3. https://draxe.com/nutrition/healing-diet/
4. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC5625964/
5. https://chriskresser.com/the-nutrivore-diet-what-a-healthy-diet-looks-like/