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Estudos sugerem que meditar pode ser benéfico para a mente e para a saúde em geral, incluindo:
Nos dias de hoje, muitos de nós vivemos em constante correria, atrasados para algo, pressionados para fazer mais e mais rápido, impelidos a fazer ainda melhor amanhã, sem paciência para nos concentrarmos por longos momentos numa mesma atividade ou para fazermos frente a uma situação desafiante, habituados a ler textos na diagonal para captar apenas a ideia principal sem sequer nos preocuparmos de tudo o que é mais profundo. Fruto dessa correria, somos invadidos pelo stress provocado por milhares de pensamentos que se chocam uns com os outros e que geram um ruído ensurdecedor dentro de nós.
Meditar começa por sabermos relativizar a importância do que acontece no mundo exterior, aprendendo a dar-se um tempo, a estar presente para si mesmo, desligado desse mundo exterior. É aceitar travar a nossa rotina apesar de tudo o que nos rodeia e que nos pede uma ação imediata, sem mais demoras. É aprender a resistir à tentação de voltar à essa rotina e conceder-se um tempo para nos sentarmos, esvaziarmos a mente e explorarmos esse mundo totalmente novo.
Estamos habituados a conviver com muita gente mas quando chega a hora de conviver apenas connosco, muitas vezes a dúvida instala-se e a vontade fraqueja. No entanto, quando meditamos, aceitamos estar apenas connosco próprios em silêncio e aceitamos ser meros observadores dos nossos pensamentos que não julgam nem criticam mas que observam com compaixão, amor e paciência. Tornamo-nos dessa forma conscientes das nossas verdadeiras forças, dos nossos valores, das nossas capacidades mas também das nossas fraquezas, dos nossos medos e das nossas dúvidas. Ao tornarmo-nos conscientes do nosso “eu” verdadeiro, e ao praticarmos o não-julgamento para com os nossos pensamentos, ficamos mais aptos a lidar com as várias situações do nosso dia-a-dia de forma mais neutra, calma, resiliente e consciente por sabermos exatamente até onde podemos ir, o que está por detrás das nossas angústias ou receios e quais os caminhos que podemos escolher seguir.
A prática em si pode trazer muito mas também pode parecer não trazer nada, tudo depende do tempo investido, da vontade e da energia com que nos entregamos. Cada prática é diferente e única. Numas poderemos nos sentir bem e leves, noutras poderemos ficar com a sensação de que estamos a fazer um esforço, mas o que é certo é que de cada vez haverá algo por descobrir ou por sentir nem que seja o prazer de nos termos concedido um tempo. Quando escolhemos meditar, e principalmente quando somos iniciantes, não devemos procurar impor-nos condições à prática da meditação pois esta acontecerá como tiver de acontecer. O caminho pode ser mais ou menos agradável, mais ou menos fácil, mas o importante é mesmo percorrer esse caminho. Se for mais fácil, opções como as meditações guiadas podem ser uma boa solução.
E não é só na fase adulta que a meditação é benéfica. Meditar em criança é igualmente valioso pois permite que as crianças tenham as ferramentas necessárias para afastar pensamentos e comportamentos negativos, para desenvolver a auto-estima e a concentração e aprender a respeitar-se a si mesmo e aos outros, criando assim uma base sólida de confiança e de amor para o resto da suas vidas.
“Nothing is more precious than being in the present moment. Fully alive. Fully aware.”
Thick Nhat Hanh
Autora:
Elisabete Dias