Saúde

Protetores solares: os melhores e quais evitar?

7 de Junho, 2018

Não é segredo que o sol providencia uma série de benefícios para a saúde, incluindo a produção de Vitamina D pelo organismo.

No entanto, na época balnear a maioria da população expõe-se excessivamente ao sol e procura por isso o melhor protetor solar para reduzir o risco de queimaduras solares e possivelmente o cancro de pele.

O problema? Os protetores solares não são todos iguais.

Um relatório de 2017 da EWG (Environmental Working Group) diz que 75% dos protetores solares não funcionam pois providenciam uma inadequada proteção e/ou contêm ingredientes prejudiciais.
Este é o 11º relatório anual da EWG sobre os protetores solares e os resultados mostram que apesar de existirem melhorias na última década, a vasta maioria dos protetores disponíveis nos USA ainda contêm químicos prejudiciais ou falham na proteção contra os raios ultravioletas.
O ponto positivo é que este relatório é sobre os protetores solares vendidos nos USA e de acordo com Sonya Lunder, a cientista líder deste relatório, “cerca de metade dos protetores solares vendidos nos USA não seriam aceites no mercado europeu”. Apesar disso, mesmo na Europa, existem protetores solares que contêm químicos prejudiciais.

A particularidade do protetor solar

O protetor solar é único comparado com outros produtos de cuidado pessoal, porque normalmente é aplicada uma camada espessa na pele várias vezes no mesmo dia. Não se obtém este tipo de exposição longa e tão absorvente para a pele com outro produto, como por exemplo um champô que rapidamente se retira com água.
Por este motivo é que é tão importante optar por um protetor solar seguro, e ter a consciência de que deve ser usado apenas para a exposição solar excessiva.
“Nenhum produto será totalmente protetor e nenhum produto durará mais do que 2 horas na pele”, explica a Lunder. Ela diz que aplicar uma camada espessa de protetor, reaplicar regularmente quando se está fora da água e escolher um produto seguro são decisões fundamentais. Mas é mais inteligente utilizar outros métodos para evitar a exposição solar excessiva (falamos mais sobre isto no final do artigo).

5 riscos do uso de protetores solares

  1. Uma dose de hormonas pouco saudável
    Oxybenzone – um ingrediente muito comum nos protetores solares – penetra na pele, entra na corrente sanguínea e atua no organismo como o estrogénio.
    O oxybenzone tem sido associado à endometriose em mulheres mais velhas e ao baixo peso de recém-nascidos do sexo feminino.
    Rapazes adolescentes com níveis altos de oxybenzone têm um nível total de testosterona mais baixo.
    Pode contribuir para a diminuição dos níveis de esperma no homem adulto.
  2. Reações alérgicas
    O oxybenzone pode despoletar reações alérgicas na pele como comichão e eczema.
    Um ingrediente inativo e preocupante denominado methylisothiazolinone foi nomeado pela Sociedade de Dermatite Americana como o alergénio de 2013. 94 dos protetores solares analisados pela EWG contêm este ingrediente e 6 são vendidos para criança.
  3. Aditivo comum que pode desencadear o cancro de pele
    Retinyl palmitate é uma forma de vitamina A, um aditivo comum nos protetores solares. Estudos governamentais mostraram que este aditivo pode acelerar o desenvolvimento de tumores e lesões de pele. Este aditivo foi encontrado em 15% dos protetores solares.
    Aditivos de vitamina A a evitar: vitamina A, retinol, acetato de retinilo, linoleato de retinil e palmitato de retinil.
  4.  Uma falsa sensação de segurança
    A proteção acima de 50 SPF apenas se refere à proteção contra os raios UVB que queimam a pele.
  5. Inalação
    Os protetores em spray colocam sérios riscos de inalação e facilitam a aplicação inadequada do mesmo, escapando alguma zona do corpo ou não aplicando o suficiente.

Quais são então os protetores solares de 2017 recomendados pela EWG como os mais seguros?

Colocámos apenas alguns, mas podem ver aqui a lista completa.

Os protetores solares recomendados para as crianças

A nossa sugestão

Atualmente estamos a utilizar a marca Jäson Natural para toda a família. Verificámos toda a lista de ingredientes no site EWG e esta marca não utiliza nenhum ingrediente considerado perigoso, na sua fórmula. Podem comprar na loja Celeiro ou no iHerb.

Prevenir as queimaduras solares na época balnear (sem protetor solar)

Conseguir um pouco de exposição ao sol é vital para uma boa saúde porque ajuda o corpo a produzir vitamina D. Pode obter-se vitamina D através de suplementos ou alimentos ricos em vitamina D, mas a luz solar direta é a melhor opção (1). Na verdade, expor-se ao sol durante cerca de 10 minutos ajuda o corpo a criar cerca de 10 mil unidades de vitamina D naturalmente.
A deficiência de vitamina D tem sido associada a certos tipos de cancro, doenças auto-imunes, doença cardíaca, osteoporose e muitas outras doenças, por isso é importante ter o suficiente. No entanto, como em muitas outras coisas, a moderação é o segredo para se obter os benefícios da exposição ao sol e evitar as queimaduras solares.
Considerar o uso do protetor solar deverá ser o último recurso para evitar as queimaduras solares. Na verdade, não há provas claras de que o uso de protetores solares realmente previne o cancro de pele – incluindo os melhores protetores solares – e alguns ingredientes podem realmente alimentar o cancro de pele (2).

O que fazer então quando passamos o dia na praia ou piscina?

  1. Usar roupa para proteger a pele.
    A EWG diz que o uso de t-shirts, calções, chapéu, etc, reduz o risco de queimaduras em 27%.
  2. Estar à sombra
    A utilização de um guarda-sol reduz o risco de múltiplas queimaduras em 30%.
  3. Utilizar óculos de sol
    Os óculos de sol ajudam a proteger os olhos da radiação UV.
  4. Evitar a exposição quando o sol é mais intenso
    Privilegiar a exposição ao sol quando este não é tão forte como de manhã cedo ou ao final da tarde.
  5. Monitorizar o índice ultravioleta
    Verificar diariamente o índice dos raios ultravioletas para prevenir as queimaduras (3).

Assiste a este vídeo para aprenderes a preparar a pele para a exposição solar na época balnear

Autora:
Marta Cunha

Fontes: Dr. Axe, EWG


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