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A infeção pode ter sintomas semelhantes a uma gripe comum ou apresentar-se como uma doença mais grave, como a pneumonia. Ainda está em investigação a via de transmissão, mas sabemos que está confirmada a transmissão de pessoa para pessoa e que o tempo de incubação é no mínimo de 14 dias, mas há quem fale em casos em que este tempo foi maior.
Os grandes grupos de risco são os idosos, as pessoas com condições crónicas e que tomam certos tipos de medicamentos, especialmente diabéticos e hipertensos, e aqueles que têm imunossupressão causada por doença ou pela toma de certos medicamentos imunossupressores como é no caso das doenças auto-imunes. Até ao momento, as estatísticas mostram que as mortes ocorreram maioritariamente em pessoas acima de 80 anos. As crianças parecem ser o grupo de menor risco, demonstrando sintomas ligeiros e recuperando mais rapidamente.
De qualquer das formas, o número de mortes causadas pelo coronavirus é bastante inferior às causadas pela gripe comum. Como costumo dizer, tudo é uma questão de perspetiva. Se olharmos, por exemplo, para os números da pneumonia comum, vemos que esta mata 400 pessoas adultas por mês em Portugal. Isto não quer dizer que não devemos de atuar na prevenção, pelo contrário.
Que as sirenes deste alarme sirvam para nos lembrarmos de uma coisa: cuidarmos melhor de nós próprios! Este é um convite para avaliarmos os nossos hábitos e rotinas e, se calhar, tomar aquela decisão que andamos a adiar porque ainda não é suficientemente importante ou porque achas que não tens tempo. Perante o medo de contrair o vírus, é mais fácil colocar as coisas em perspetiva e perceber que afinal a saúde vale mesmo mais do que tudo. Não te deixes consumir pelo medo, transforma-o em energia para cuidares de ti!
Todas as precauções mencionadas pela DGS como lavar as mãos frequentemente e evitar espaços com muita gente, são válidas, mas a melhor forma de proteção é através do fortalecimento do sistema imunitário. Não há muita gente a falar nisto, mas é talvez a coisa mais importante que devemos fazer e, para isso, podemos adoptar várias estratégias. Para o virus existir, tem de haver um hospedeiro e o resultado da luta entre ambos vai depender das forças de combate de cada um!
Adotar uma alimentação natural, fresca e rica em vitaminas e minerais dará ao nosso corpo a matéria-prima que ele precisa para combater qualquer tipo de infeção. Inclui frutas e legumes frescos, variando bastante nas cores dos mesmos e não esquecendo de ingerir legumes também no estado cru. Se optares por os cozinhar deves de preferir ao vapor para manteres uma maior quantidade de nutrientes. Os alimentos fermentados como o chucrute, o kefir de água e o kombucha também são essenciais para fortalecer o microbioma humano, as bactérias que criam a barreira contra as infeções. Aposta também em gorduras saudáveis como o azeite, o abacate e o óleo de coco e na proteína de qualidade, de forma moderada. Inclui carne ou peixe que provêm de uma boa origem como a carne de pasto ou selvagem.
Procura ingerir alimentos ricos em antioxidantes como o selénio, zinco e vitamina c. Podes encontrá-los, por exemplo, nas sementes de abóbora, nos órgãos de animais como fígado ou coração, nas castanhas do brasil e no caldo de ossos. Este último é também rico em aminoácidos, os blocos essenciais para ajudar a regenerar as células do teu corpo e é rico em glutamina, um aminoácido indispensável para manter o intestino impermeável.
A hidratação é algo também fundamental para ajudar na desintoxicação do organismo e podes até juntar sumo natural de limão para aumentares a quantidade de vitamina C que ingeres, ou tomares um chá de casca de limão com gengibre e mel puro. Um fórmula excelente para aumentar a imunidade.
Evita ao máximo os alimentos processados, o fast food, os alimentos ricos em açúcares e os produtos lácteos. Os lácteos promovem a produção de muco, algo que queremos evitar neste caso, já que o coronavirus parece atacar os pulmões.
Vitamina D
Eu diria que aquele suplemento que é mesmo indispensável é a vitamina D pois não conseguimos ir buscá-la de outra forma, pelo menos nesta altura do ano. Os níveis séricos ótimos desta vitamina parecem estar acima dos 40 ng/mL e a maioria da população portuguesa tem os níveis de vitamina D abaixo de 30 ng/mL. Escolhe uma vitamina D que garanta a ingestão de 10.000ui diárias caso os teus níveis estejam abaixo de 40 ng/mL. Para uma melhor absorção opta por um suplemento que contenha também k2, ou toma-a com alimento ricos em vitamina k2 como a gema de ovo ou o peito de frango.
Vitamina C
Enquanto que os outros animais produzem a sua própria vitamina C, a espécie humana parece ter perdido essa capacidade ao longo da sua evolução, talvez porque ingeríamos imensos alimentos ricos nesta vitamina antioxidante. No entanto, os tempos mudaram e a alimentação de hoje já não é assim tão rica em Vitamina C, pelo que, especialmente no caso da prevenção e tratamento do coronavírus, é aconselhável suplementar.
Aliás, um relatório de uma equipa de médicos chineses que aplicaram o tratamento com Vitamina C nos doentes infectados com a nova estirpe do coronavírus mostra que estes obtiveram excelentes resultados mesmo nos casos mais graves. Neste relatório, lê-se que a dose recomendada de Vitamina C para o tratamento em casos ligeiros é entre 50 a 100mg por kilo e por dia, e, nos casos graves é 200mg por dia. Por exemplo, para quem pesar 60kg a dose recomendada é de 3 g por dia nos casos ligeiros, e de 12 g nos casos graves.
Como prevenção, vários especialistas da ortomolecular falam na toma de 1g de 6 em 6 horas. Se não conseguires comprar uma vitamina C de alta biodisponibilidade como a lipossomada ou ester-C, podes optar por fórmulas mais simples como o ácido ascórbico.
Zinco
Este suplemento eu utilizaria apenas em caso de infeção confirmada pelo coronavirus, ou por outro virus mais comum, ou em caso de pessoas com o sistema imunitário debilitado. Caso contrário, consegue-se ir buscar aos alimentos. A fórmula que eu prefiro é o sulfato de zinco líquido e ionizado mas, que eu tenha conhecimento, não existe à venda em Portugal. Portanto, poderás optar pelo picolinato de zinco, por exemplo.
Plantas e outros suplementos naturais
Os suplementos que utilizamos normalmente para a gripe também podem ser utilizados para o coronavirus. A equinácea e o propólis são dois exemplos que costumam ter bons resultados neste tipo de infeção.
Probióticos
No caso das pessoas que tiveram infeções recorrentes no passado, seja gripe, otite, laringite e por aí fora, eu incluiria também um suplemento probiótico, depois de ter incluído os alimentos fermentados na alimentação durante duas semanas. Estas infeções acontecem muitas vezes devido a disbioses intestinais. E se tomaste antibiótico recentemente, é importante fazeres a reposição da flora intestinal.
O sono é um estado anabólico durante o qual o corpo reabastece o seu stock de energia, regenera tecidos e produz proteínas. Sem dormir o suficiente, o corpo humano não pode funcionar corretamente. A privação do sono causa alterações prejudiciais no sistema imunitário, incluindo nos glóbulos brancos e pode inclusive aumentar um marcador comum de inflamação, a proteína C reativa.
O cérebro faz a maior parte das suas tarefas enquanto dormimos, e uma dessas tarefas em particular – eliminar o lixo – parece ser extremamente sensível à falta de sono. Um estudo mostrou que uma noite de privação de sono resulta na deposição de placas de beta-amilóide em partes do cérebro afetadas pela doença de Alzheimer.
Ou seja, uma boa higiene do sono não só previne o mal estar geral do organismo, como previne também o envelhecimento e fortalece o sistema imunitário.
Várias personalidades ligadas às neurociências afirmam que o cérebro não distingue um pensamento da realidade e que um pensamento gera uma emoção que gera uma ação. A emoção é assim o resultado do pensamento e tem um efeito fisiológico que pode ser benéfico ou nocivo, dependendo do tipo de emoção. Emoções como paz, amor, alegria promovem o bem-estar porque o corpo liberta químicos como endorfina, dopamina, oxitocina e serotonina. Por outro lado, a raiva, o medo, a culpa e a vergonha levam o corpo a libertar químicos que aumentam a inflamação e suprimem o sistema imunitário.
Será então correto dizer que a qualidade dos nossos pensamentos e o tipo de crenças que temos, promovem a saúde ou a doença. Exemplo disso é o efeito placebo que é criado com uma crença positiva. O efeito nocebo é o oposto, é quando tens uma crença negativa e mesmo não sendo verdade, ela torna-se real. Por exemplo, quando os médicos dizem a uma pessoa com cancro que lhe restam 2 meses de vida, e ela de facto morre após esses 2 meses, será que o médico consegue fazer uma previsão tão assertiva ou será que a pessoa acreditou tanto naquilo que o corpo agiu em conformidade com o pensamento? Sabe mais sobre isto clicando aqui.
Fica consciente do teu tipo de pensamentos, diminui a exposição às notícias e pessoas negativas e foca a tua atenção nos aspetos positivos da tua vida. Escusado será dizer, para gerires também o stress 🙂
Fica em Saúde,
Marta Cunha
Coach e Mentora de Bem-Estar
[Artigo atualizado a 16 de Março de 2020]
Fontes:
1. https://www.dgs.pt/pagina-de-entrada3/corona-virus/novo-coronavirus-covid-19-o-que-e-.aspx
2. https://www.publico.pt/2020/01/29/sociedade/noticia/pneumonia-comum-mata-16-dia-portugal-1902159
3. https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S0960076016302989
4. https://clinicaltrials.gov/ct2/show/NCT04264533
5. https://www.clinicaltherapeutics.com/article/S0149-2918(17)30235-7/fulltext
6. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC5490603/
7. https://www.dr-rath-foundation.org/2020/03/chinese-medical-team-report-successful-treatment-of-coronavirus-patients-with-high-dose-vitamin-c/
8. https://www.thelancet.com/journals/lanres/article/PIIS2213-2600(20)30116-8/fulltext