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A comunidade judaica tornou a sopa de galinha um remédio popular para a constipação, sem entender completamente os benefícios únicos deste caldo. Aqui em Portugal, ainda se ouvem as nossas avós a aconselharem as mulheres que dão à luz a ingerirem canja de galinha no período pós-parto, pois acreditam que promove uma recuperação mais rápida.
O caldo de ossos provém do conhecimento ancestral pois era uma forma que os nossos antepassados tinham de aproveitar todas as partes de um animal. Ossos e medula óssea, pele e pés, tendões e ligamentos não são ingeridos diretamente mas podem ser fervidos durante horas e até dias. Esta fervura faz com que os ossos e os ligamentos libertem nutrientes de cura, como colagénio, prolina, glicina e glutamina que têm o poder de transformar a nossa saúde.
O caldo de ossos é uma poderosa “arma” para regenerar o nosso intestino e para dar ao corpo os nutrientes de que ele precisa. Tudo isso graças ao efeito protetor do colagénio, e ao efeito regenerador da glutamina e de outros aminoácidos, bem como à sua riqueza em minerais e em condroitina. O caldo de ossos promove a saúde do nosso sistema digestivo, combate a permeabilidade intestinal, recupera e melhora a capacidade de absorção do intestino e repõe nutrientes vitais para as funções do organismo. Além de todas as células beneficiarem deste caldo, quem beneficia em particular, é o nosso sistema imunitário.
O colagénio é a proteína encontrada no tecido conjuntivo de animais vertebrados. No caldo de ossos é ele que produz gelatina, um dos primeiros alimentos funcionais usados como tratamento médico na China antiga. O Dr. Francis Pottenger e outros pesquisadores de classe mundial descobriram que a gelatina e o colagénio têm os seguintes benefícios:
A gelatina no caldo de ossos contém aminoácidos “condicionais” ou “não essenciais”, são eles a arginina, glicina, glutamina e prolina. Estes aminoácidos também contribuem para as propriedades curativas deste caldo.
Os aminoácidos não essenciais são necessários sob algumas condições. O nosso organismo não os produz muito bem se estivermos doentes ou sob stress. Kaayla Daniel aponta que as dietas ocidentais, pesadas em hidratos de carbono processados, produtos animais de baixa qualidade e desprovidas de sopas e caldos caseiros, tornam estes aminoácidos cronicamente essenciais.
Arginina:
– Favorece a função do sistema imunitário e a cicatrização de feridas.
– Favorece a produção e a libertação da hormona do crescimento.
– Ajuda a regenerar as células hepáticas danificadas.
– Favorece a produção de espermatozóides.
Glicina:
– Previne a perda de tecido proteico como os músculos.
– É usada para fazer sais biliares e glutationa.
– Ajuda a desintoxicar o corpo de produtos químicos e age como antioxidante.
– É um neurotransmissor que melhora o sono, a memória e o desempenho mental.
Prolina:
– Ajuda a regenerar a cartilagem e a curar as articulações.
– Reduz a celulite e torna a pele mais flexível.
– Ajuda a reparar o intestino permeável.
Glutamina:
– Protege o revestimento intestinal.
– Melhora o metabolismo e a construção muscular
Os pesquisadores de nutrição Sally Fallon e Kaayla Daniel, da Fundação Weston A. Price, explicam que o caldo de ossos contém minerais em formas facilmente absorvidas pelo teu organismo: cálcio, magnésio, fósforo, silício, enxofre e outros. Contém ainda sulfato de condroitina e glucosamina, os nutrientes vendidos em forma de suplemento para reduzir a inflamação, a artrite e as dores articulares.
Um estudo sobre caldo de galinha conduzido pelo Centro Médico da Universidade de Nebraska está a investigar o que torna esta sopa tão benéfica para gripes e constipações. Os pesquisadores descobriram que os aminoácidos que foram produzidos durante a confeção do caldo de galinha reduziram a inflamação no sistema respiratório e melhoraram a digestão. Além disso, a pesquisa demonstra que este caldo pode impulsionar o sistema imunitário e curar distúrbios como alergias, asma e artrite.
A maioria dos caldos comprados nos hipermercados não são “REAIS”. As empresas usam aromas de carne produzidos em laboratório e adicionam-nos aos cubos de caldo, às misturas para sopas e aos molhos. Além disso, os fabricantes começaram a usar o glutamato monossódico (MSG), que é reconhecido como um aroma de carne, mas na realidade é uma neurotoxina.
Se queres um verdadeiro caldo de ossos, podes fazê-lo em casa, a receita está no final do artigo! Só precisas de ingredientes da melhor qualidade possível.
Fontes:
Prof. Doutor António Marcos
Dr.axe
Autora:
Marta Cunha
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[…] de abóbora, nos órgãos de animais como fígado ou coração, nas castanhas do brasil e no caldo de ossos. Este último é também rico em aminoácidos, os blocos essenciais para ajudar a regenerar as […]