Categorias
- Desenvolvimento Humano (11)
- Entrevistas (1)
- Espiritualidade (6)
- Medicina Energética (4)
- Mentalidade (1)
- Nutrição (3)
- Relações (2)
- Saúde (17)
Hoje decidi partilhar a minha história com mais pormenor pois espero que sirva de inspiração para outros que estão a passar pelo mesmo.
Foi no final de 2006, não vai assim há tantos anos! Mas, na época, não se ouvia falar de doenças e problemas de saúde como hoje em dia, principalmente na população jovem. E talvez por isso, resisti durante muito tempo à ideia de uma jovem de 24 anos ter uma doença degenerativa que eu associava à velhice. O não aceitar prolongou a minha passividade em relação à doença e decidi procurar ajuda apenas alguns meses após os primeiros sintomas.
Um mês antes dos primeiros sintomas surgirem, eu vivi uma experiência emocionalmente muito difícil, com o terminar de uma relação de 4 anos. Na realidade, eu não estava emocionalmente bem há bastante tempo devido aquela relação, eu sentia-me infeliz, permiti que a minha identidade pessoal fosse suprimida e tornei-me em alguém que eu não era, apenas para responder às expectativas da outra pessoa. Apesar de eu saber que a minha decisão era uma excelente oportunidade para eu ser feliz, o processo de separação não foi menos doloroso. E isto foi para mim o gatilho da doença auto-imune.
Até àquela data tinha experienciado alguns episódios de infeções urinárias, que me levaram à toma de alguns antibióticos, sofria de obstipação intestinal mas o que mais me incomodava era a fadiga.
As primeiras dores da artrite reumatóide surgiram em ambos os pulsos e, dia após dia, foram avançando para outras articulações acompanhadas de muita rigidez matinal. Consultei um reumatologista, e depois outro, e outro, e outro… e além da prescrição de anti-inflamatórios e corticóides, todos eles diziam a mesma coisa: “a sua doença é degenerativa, não tem cura e tem de tomar medicação para toda a vida!”
As dores continuaram a se intensificar, por vezes atingiam apenas uma articulação, outras vezes eram dores gerais em todo o corpo, e nem eu nem os médicos que me acompanhavam, conseguiam perceber ou explicar-me o que influenciava esta alteração de sintomas. Continuei medicada, os anos foram passando e em 2010 surgiram novos sintomas, hipertensão ocular e inflamação no olho direito que, segundo os diferentes oftalmologistas que consultei, seria um novo sintoma da artrite reumatóide. Comecei a fazer medicação imunossupressora (metotrexato), com a clara indicação de que não poderia engravidar até estabilizar o meu quadro clínico, o que me deixou mais uma vez emocionalmente em baixo, pois queria muito ter o meu primeiro filho.
Depois de testar o medicamento imunossupressor durante um mês (1 pequeno comprimido por semana) e neste período ter sentido muitos efeitos secundários, tomei a decisão de que a solução não era aquela e comecei a jornada que me trouxe até aqui!
Depois de muita pesquisa, porque há 10 anos atrás a informação era bem mais escassa, encontrei uma luz ao fundo do túnel na nutrição ancestral e ortomolecular. A primeira consulta foi em Junho de 2010 e, pela primeira vez, alguém avaliou todo o meu histórico de saúde desde o momento que nasci, bem como a minha genética familiar.
Comecei por fazer uma desintoxicação profunda do intestino e do fígado, e, ao mesmo tempo, alterei os meus hábitos alimentares no sentido de eliminar alimentos inflamatórios e de adicionar alimentos ricos nutricionalmente. A par disto, suplementei com vitaminas, minerais e ácidos gordos essenciais, permitindo assim que o meu corpo se recuperasse lenta e progressivamente, reduzindo a inflamação e regenerando as cartilagens das articulações afetadas até ao ponto em que eu deixei de precisar da medicação convencional.
A nutrição foi o primeiro pilar que abracei para uma abordagem natural à doença. Embora eu tivesse ficado sem dores e conseguido abandonar os medicamentos, os desafios de saúde não desapareceram e eu tive de continuar a aprender sobre o que eu precisava para estar saudável. Hoje, acredito que para vivermos com saúde precisamos de olhar para as necessidades do nosso corpo físico, mental, emocional e espiritual e a única forma de o conseguirmos é através do autoconhecimento.
Durante o meu percurso, descobri uma paixão pelas áreas da saúde natural e do desenvolvimento pessoal, e isto levou-me a mudar completamente a minha vida pessoal e profissional.
Fiz várias formações nestas duas áreas e hoje em dia dedico parte do meu tempo a ajudar outras mulheres que sofrem com a artrite reumatóide a sentirem-se física e emocionalmente capazes de viverem a vida que merecem.
Com a minha própria experiência e aprendizagens, fui descobrindo que para termos saúde ou temos uma excelente genética ou precisamos de assegurar que vários pilares da nossa vida estão equilibrados. Ter saúde depende da forma como nos cuidamos e isso envolve tanto a nossa alimentação, como os nossos pensamentos, o nosso descanso, o tipo de relações que temos e a quantidade de stress ao qual estamos expostos.
Ao olhar para trás, sei exatamente aquilo que contribuiu para o aparecimento da artrite reumatóide e é de coração aberto que a encaro pois, sem ela, eu não seria quem eu sou hoje.
Para ti que leste esta história até ao fim, a mensagem principal que te quero deixar é: nunca desistas de ti e questiona tudo o que te dizem!
Autora:
Marta Cunha
2 Comments
Livrete post e estou vivendo hoje dificuldade para lidar com a dor….como posso entrar em contato para me ajudar?
Envie um email para martacunhacoach@gmail.com