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A relação entre o trauma ou ferida emocional e a saúde física tem sido um tópico cada vez mais estudado. Um dos traumas emocionais que tem despertado interesse é o da rejeição, que pode ter efeitos profundos e duradouros na saúde das pessoas. Neste artigo, exploraremos a relação entre o trauma da rejeição e as doenças autoimunes, e como a compreensão desta relação pode ajudar a melhorar a qualidade de vida de pessoas que sofrem com essas doenças.
Primeiro, precisamos entender que o corpo somatiza o que está na nossa consciência como um espelho, por isso, é crucial analisar qual a parte do corpo afetada, qual é o sintoma e o qual a limitação que causa na vida da pessoa. Se a doença é a X ou a Y, não importa para este tipo de cura, importa o sintoma.
Uma dica para descobrirmos informações que o inconsciente nos dá sobre o que está a acontecer internamente, é observarmos as palavras que utilizamos quando falamos do sintoma. Especialmente as metáforas. Exemplos: “parece que tenho um peso”; “parece que estou encurralada”; “parece que não consigo respirar”; etc.
Segundo, o nosso desenvolvimento e a nossa personalidade foram afetados pelas experiências do passado, ou seja, a percepção que temos sobre a vida e sobre nós e a forma como reagimos emocional, mental e fisicamente foi condicionada por tudo o que vivemos até aqui. É isto que a epigenética estuda, a influência do ambiente na expressão genética.
A fase mais importante do nosso desenvolvimento, é a infância, sobretudo os primeiros 7 anos de vida. Por isso, aquilo que vivemos durante a infância, no nosso ambiente familiar, afetou o nosso desenvolvimento positiva ou negativamente e, consequentemente, a qualidade da nossa saúde atual.
No acompanhamento que faço, deparo-me com clientes que têm poucas memórias da infância, e isso normalmente é um sinal de que a pessoa viveu experiências traumáticas. A pessoa não consegue aceder a essas memórias de forma consciente porque o seu corpo, para a proteger da dor emocional, fragmentou a informação e escondeu-a. Mas, essa energia aprisionada no corpo é uma das causas dos sintomas crônicos.
Experiências repetidas de rejeição na infância deixam o sistema nervoso da criança muito sensível – criando dificuldade em se regular emocionalmente – e cria uma percepção errada e limitada de si mesma.
A criança aprende a viver num modo de hiper-vigilância ou seja, num modo constante de stress interno devido à sua insegurança. Hoje em dia, sabemos bem que o stress pode ter impactos significativos na saúde do corpo. O stress prolongado pode levar à inflamação crônica do corpo, que é conhecida por estar associada a uma variedade de condições de saúde, como doenças cardiovasculares, diabetes e doenças autoimunes. A inflamação é a resposta natural do corpo a lesões, infecções e outros agentes estranhos, mas quando ela se torna crônica, pode danificar o tecido saudável e levar a uma série de problemas de saúde.
Além do mais, a percepção errada que a criança criou dela própria, leva-a a um conjunto de comportamentos que começam a gerar conflitos internos. Um conflito interno é quando uma parte de nós quer uma coisa, e outra parte quer outra. O nosso verdadeiro Eu – a nossa Essência – quer sempre a verdade e a autenticidade, e as partes feridas de nós mesmas querem proteção e sobrevivência.
A pior consequência em termos de comportamento, do trauma da rejeição, é a incapacidade em sermos autênticos connosco e com os outros, pois é precisamente isto que gera os conflitos internos. Quando não conseguirmos nos aceitar tal qual como somos, entramos num conflito interno de auto rejeição. Mas quando não conseguimos expressar a nossa verdade ao outro, também entramos num conflito interno de auto rejeição, pois estamos a dizer que o outro é mais importante do que nós.
Sempre que não somos honestos e verdadeiros connosco, gera-se um conflito interno de auto rejeição.
Uma doença autoimune é um distúrbio do sistema imunológico em que o corpo ataca e danifica erroneamente os tecidos saudáveis do próprio organismo. Então, voltando ao sistema espelho do corpo, uma doença autoimune é a expressão física da auto rejeição que está na nossa consciência. Resolvendo o que está na consciência, resolvemos o sintoma físico.
Normalmente estas doenças só se expressam na idade adulta porque elas derivam de um efeito bola de neve que começa na infância e leva tempo até gerarem um sintoma. Contrariamente aos que muitos pensam, o nosso corpo não é frágil e o sintoma não surge do nada, surge de anos e anos de condicionamentos.
Torna-se claro que para entender a ligação entre as feridas emocionais e os sintomas físicos é preciso fazer uma espécie de desconstrução de tudo o que derivou dessas feridas.
A boa notícia é que tudo pode ser curado. Esta é a minha crença e a minha experiência.
O primeiro passo para começar a curar é investir na conexão com o corpo e na auto regulação emocional para evitar aumentar a bagagem emocional ainda mais. As experiências traumáticas da infância levam a uma desconexão do corpo e das emoções e é muito frequente estas pessoas terem uma bagagem emocional bem mais pesada do que aquelas que tiveram infâncias emocionalmente seguras e saudáveis.
Ao mesmo tempo que esta conexão é feita, a pessoa estará também a aumentar a confiança no seu sistema. O corpo vai sentir-se ouvido, se calhar pela primeira vez em muitos anos, e começa a desbloquear memórias que estavam no inconsciente e as emoções associadas a isso vêem também à tona dando a oportunidade de serem libertadas, se a pessoa se permitir sentir.
Claro que o processo feito desta forma, demora muito tempo porque temos de curar memória a memória, emoção a emoção. É aqui que entra a medicina energética pois tudo é energia e podemos transmutar várias camadas de uma só vez.
Do ponto de vista da medicina energética, a ferida emocional e o trauma têm sempre uma bagagem de outras energias associadas que foram ficando presas no corpo ao longo dos anos como: miasmas, emoções, emoções do muro do coração, reverberações, pensamentos, crenças limitadoras e os campos de memória. Para curar a ferida da rejeição, temos de libertar essa bagagem primeiro e a cura energética é a forma mais rápida que já experimentei.