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O trabalho desenvolvido pela pediatra Carla Rêgo foi publicado na Acta Pediátrica Portuguesa onde se lê o seguinte: “Verificou-se uma prevalência de 4,7% de compromisso de massa óssea para a idade.”
Esta é uma notícia alarmante, pois se já existe em criança ou adolescente uma diminuição da massa óssea de 4,7%, e tendo em conta que dois terços da massa óssea são formados na adolescência, qual será o impacto da deficiência desta vitamina na idade adulta?
“Apesar de o raquitismo na infância e a osteomalacia no adulto representarem as consequências mais graves da carência desta vitamina, níveis moderados de insuficiência podem ter efeitos importantes na saúde, já que a VitD, direta ou indiretamente, influencia cerca de 200 genes. Efetivamente, alguns estudos têm demonstrado uma associação entre a deficiência em VitD e o aumento do risco de certas doenças crónicas, incluindo as doenças cardiovasculares, várias formas de cancro e doenças autoimunes como a esclerose múltipla e a diabetes tipo 1 em adultos. Em 2013, o comité de nutrição da European Society for Peadiatric Gastroenterology, Hepatology and Nutrition (ESPGHAN) definiu como ponto de corte para a caracterização de suficiência em VitD em crianças e adolescentes, a concentração sérica de 20 ng/mL (50 nmol/L), enquanto concentrações inferiores a 10 ng/mL (25 nmol/L) são indicativas de deficiência grave, tendo por base a salvaguarda da saúde óssea.”
O sol é a principal fonte de Vitamina D e, como seria de esperar, a percentagem de pessoas com insuficiência de Vitamina D flutua ao longo do ano, apresentando no Verão o valor mais baixo (62%), mas atinge no Inverno valores de cerca de 95%. Sendo Portugal um país com muito sol, é fácil de perceber que o problema está no facto das pessoas não se exporem o tempo suficiente ao sol sem protetor solar.
É curioso que os pediatras aconselham a administração da Vitamina D a todos os bebés para prevenir essencialmente o raquitismo, mas não aconselham a continuidade após o primeiro ano. Será que acreditam que após o primeiro ano, e de repente, os bebés passam a estar mais expostos ao sol?
Este problema surge porque passamos os nossos dias fechados dentro dos edifícios, muitas vezes sem vermos o sol. Por isso, o primeiro passo é alterar esse comportamento. O ideal é criar uma rotina em que nos expomos ao sol durante um mínimo de 20 minutos entre as 11h e as 14h, 3 vezes por semana. É importante ter 60% do corpo exposto e não usar o protector solar durante esta exposição pois este bloqueia a síntese da Vitamina D.
Idealmente, todos nós deveríamos de medir os nossos níveis séricos de Vitamina D e, quando não nos for possível obtê-la a partir do sol, devemos de suplementá-la escolhendo para isso a Vitamina D3 (Cholecalciferol). Isto, sempre acompanhados por um profissional de saúde.
Autora:
Marta Cunha
Coach e Mentora de Bem-Estar
Fontes:
1. https://amp.expresso.pt/sociedade/2017-03-22-Metade-das-criancas-do-Grande-Porto-tem-falta-de-vitamina-D
2. https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S0960076016302989
1 Comment
[…] altura do ano. Os níveis séricos desta vitamina devem estar acima dos 40 ng/mL e a maioria da população portuguesa tem os níveis de vitamina D abaixo de 30 […]